domingo, 31 de janeiro de 2010

Habilitação do SUS para atendimento multiprofissional de autistas

SUS deve se habilitar para atender autistas
Cuiabá / Várzea Grande, 27/01/2010 - 14:20.

Da Redação
A Comissão de Constituição Justiça e Redação do Poder Legislativo está analisando um projeto de lei que poderá habilitar o Sistema Único de Saúde de Mato Grosso (SUS), a prestar atenção integral ao diagnóstico precoce e ao tratamento dos sintomas da Síndrome do Autismo. Na matéria, que deve ser apreciada em segunda votação este ano, o autor deputado Nilson Santos (PMDB) destaca que, mesmo no setor privado, são raros os centros capacitados para lidar com os autistas.
Entre as diretrizes expostas na proposta está o envolvimento e a participação da família do portador da síndrome e da sociedade civil. O autista terá direito à medicação e a equipes multi e interdisciplinares para tratamento médico nas áreas de pediatria, neurologia, psiquiatria e odontologia. Eles terão direito ainda à assistência psicológica, FONOAUDIOLÓGICA e pedagógica; a terapia ocupacional, a fisioterapia e a orientação familiar e, também, ensino profissionalizante e de inclusão social.
De acordo com o autor da proposta, o poder público poderá firmar convênios com entidades e clínicas afins, visando o repasse de recursos para custeio ou remuneração de serviços.
“Os maiores problemas enfrentados pelos pais e mesmo pelas entidades voltadas ao tratamento são os elevados custos. Isso se dá quando é necessária uma gama muito alta de profissionais e também à falta de recursos financeiros para a compra de medicamentos”, explicou o parlamentar.
No projeto, as ações programáticas relativas à Síndrome do Autismo, assim como às questões a ela ligadas, serão definidas em normas técnicas e elaboradas pelo Executivo. Já as direções do SUS, Estadual e Municipais, garantirão o fornecimento universal e gratuito dos medicamentos, além do tratamento sob todos os aspectos, com a disponibilização de profissionais das diversas áreas.
Os sinais e os sintomas característicos aparecem antes dos três anos de idade e, de cada 10 mil crianças, entre quatro a 20 apresentam a síndrome. Ainda não há dados estatísticos precisos com predomínio em indivíduos do sexo masculino e feminino.
Entre 75% a 80% das crianças autistas apresentam algum grau de retardo mental, que pode estar relacionado a diversos fatores biológicos.. O autismo não tem cura, entretanto o portador da síndrome pode ser tratado e desenvolver suas habilidades de uma forma mais intensiva do que outra pessoa que não apresente o mesmo quadro e, então, assemelhar-se muito a essa pessoa em alguns aspectos de seu comportamento.
A Síndrome do Autismo, ou simplesmente autismo, foi conceituada pela primeira vez em 1942 pelo médico austríaco Leo Kanner, especialista em psiquiatria pediátrica radicado nos Estados Unidos, como sendo uma patologia da linha das psicoses.
Hoje, a síndrome é definida como um conjunto de sintomas de base orgânica, com implicações neurológicas e genéticas. O termo “autismo” refere-se ao significado “ausente” ou “perdido”. Segundo a American Society for Autism – ASA - é uma inadequacidade no desenvolvimento e se manifesta de maneira grave e incapacitante por toda a vida, caracterizando- se pelo funcionamento anormal em três áreas: de interação social, de comunicação, e de comportamento restrito e repetitivo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO

DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO.

Autor: Temple Grandin

Encontrado por Tereza Cristina (APAE de Betim-MG) e traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)

Bons professores me ajudaram a atingir o sucesso. Eu estava pronta para superar o autismo porque tive bons professores.

Na idade de dois anos e meio, fui colocada num berçário estruturado com professores experientes.

Desde a idade de muito cedo, fui ensinada a ter boas maneiras e a me comportar à mesa do jantar.

Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos.

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como video-tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.

Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente .

Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira.

2 - Deve-se evitar séries de instruções verbais longas. Pessoas com autismo têm problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Sou inábil em lembrar seqüências. Se pergunto a localização de um posto de gasolina, posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções têm que ser escritas. Ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque não posso formar uma imagem em minha mente.

3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Acho que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.

4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de Nova York a Washington.

5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de um a dez. Com isto, aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, aprendi o conceito de quatro e metades.

6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas têm problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil. Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a digitar no computador. Datilografar é, as vezes, muito mais fácil.

7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Aprendi pelo método fônico.

8 - Quando era criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que lhes ferem os ouvidos. Os sons que me causaram os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.

9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a pulsação do ciclo 60 Hz de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos.

10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmadas se forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmada por pressão. Para melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela.

“Ensinar” a criança a ser abraçada pode ser uma alternativa – e abraçá-la com suavidade, de forma a que ela não se sinta sufocada. (nota de Argemiro).

11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado.

12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro.

13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são monocanais, não podem ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos.

14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiável. Às vezes é muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas.

Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo.


Comportamento de Auto-Agressão

Comportamento de Auto-Agressão
Stephen M. Edelson, Ph.D.
Fonte: Centre for the Study of Autism (Centro para o Estudo do Autismo)
Salem, Oregon, EUA
Tradução de Mônica Accioly


O comportamento de auto-agressão freqüentemente diz respeito a qualquer comportamento que cause dano aos tecidos, como vermelhidão, hematoma, ferida. As formas mais comuns deste comportamento incluem morder as mãos, bater a cabeça , arranhar e esfregar.
Existem dois grupos de teorias para explicar a causa da auto-agressão: fisiológica e social.

Algumas das teorias fisiológicas (e respectivos tratamentos) são:

1. Estes comportamentos liberam beta-endorfinas no cérebro da pessoa, o que propicia a pessoa um tipo de prazer interno (beta-endorfinas são substâncias cerebrais endógenas tipo ópio). (Tratamento: medicação que inibe a produção de beta-endorfina).
2. Episódios súbitos de auto-agressão podem ser causados por um tipo de crise convulsiva. (Tratamento: a pessoa deve ser submetida a um extenso EEG que determine se o comportamento de auto-agressão está associado às crises).
3. Bater na cabeça ou no ouvido podem ser causados por infecção de ouvido média. (Tratamento: a pessoa deve ser submetida a um extenso exame otológico).
4. Alguns tipos de auto-agressão podem resultar de hiperarousal (como frustração). O comportamento de auto-agressão funciona como um escape, e assim, diminui o arousal. (Tratamento: Deve se tentar diminuir o nível de arousal da pessoa, por meio de relaxamento, terapia de visualização, “massagem” com pressão e exercício.)
5. Em alguns casos, a auto-agressão pode ser uma forma de auto-estimulação , estereotipias. Isto é, são repetitivos, ritualísticos e promovem algum tipo de estimulação sensorial ou arousal. (Tratamento: a pessoa pode receber terapia de integração sensorial para normalizar os sentidos.)

Algumas das teorias sociais que explicam estes comportamentos são:

1. Alguns indivíduos apresentam o comportamento de auto-agressão para receber atenção das pessoas. (Tratamento: as pessoas presentes no ambiente deverão ignorar o indivíduo quando ele apresentar tal comportamento para que ele compreenda que não obterá atenção desta forma.)
2. Alguns indivíduos apresentam a auto-agressão para escapar ou evitar uma tarefa. (Tratamento: a pessoa deverá terminar a tarefa .)


Embora não tenha sido discutido na literatura pesquisada, ainda existe a possibilidade deste comportamento estar ligado a hipersensibilidade a certos sons ambientais. Por exemplo, se um determinado ruído incomoda uma pessoa, ela pode reagir batendo na cabeça ou no ouvido. (Tratamento: talvez tentar a integração auditiva).

Basicamente, existem muitas razões possíveis para o comportamento de auto-agressão. A melhor maneira para determinar o motivo de tal comportamento é realizar uma análise funcional, ou seja, analisar o que ocorre antes e o que ocorre imediatamente após o comportamento. Se for possível eliminar as prováveis influências sociais, então se pode pensar em investigar as causas fisiológicas.

Dez coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse.

Dez coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse.

Por Ellen Nottohm

(tradução livre minha)

1) Antes de tudo eu sou uma criança.

Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?

2)A minha percepção sensorial é desordenada.

Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.

3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer)

Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.

4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações.

Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum a mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.

5)Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado.

Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado).

Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.

6)Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim.

Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.

7)Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer.

Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de "CONSERTO". Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.

8)Por favor, me ajude com interações sociais.

Pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: "você esta bem?".

9)Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle.

Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.

10)Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição.

Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA.

E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo, uma possível resposta para alzaheim o enigma da vida extraterrestre -

O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver ate onde eu posso ir.

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Correlação atividade no cérebro

Correlação atividade no cérebro


ScienceDaily (28 de janeiro de 2010) - interligação das redes de neurônios informações do processo e dar origem a percepção, comunicando uns com os outros através de pequenos impulsos elétricos conhecidos como potenciais de ação. No passado, os cientistas acreditavam que os neurônios adjacentes sincronizado potenciais a sua acção. No entanto, pesquisadores da Baylor College of Medicine e do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, na Alemanha, disse em um relatório atual da revista Science que a sincronização não acontece.

Seus resultados fornecem detalhes sobre como o cérebro e acessa os processos de informação.
"Compreender a atividade neuronal saudável é um dos primeiros passos para desbloquear o cérebros de pessoas com doenças como o autismo," disse o Dr. Andreas S. Tolias, professor adjunto da neurociência no BCM e autor sênior no papel.

Os padrões de potenciais de ação são organizadas para permitir que o nosso cérebro para trabalhar de forma eficiente. Por exemplo, o córtex visual, que é a área do cérebro onde a informação dos olhos é processada, contém cerca de duas dezenas de regiões distintas organizadas de forma hierárquica. As pessoas podem ver e interpretar o mundo circundante porque a informação é processada (através de potenciais de ação) através deste sistema organizado de uma região para outra.
Tolias, que também está na pauta, com a sua E. Michael DeBakey Veterans Affairs Medical Center, disse: "Se você estivesse a espionar a atividade de um neurônio na parte visual do cérebro quando uma pessoa está olhando para uma imagem mais e mais uma vez, o neurônio responde de forma diferente a cada vez. Em outras palavras, uma parte substancial da actividade está relacionada com a própria imagem. É essa atividade que se acreditava ser comum entre muitos neurônios adjacentes, porque eles são densamente interligadas ".
"Aqui é onde os problemas começam a surgir", disse Tolias. "Se a atividade que está relacionada com a imagem é comum a muitas células, que iria construir acima de uma fase de transformação para a próxima, em última análise, que domina a atividade do cérebro e tornar impossível o processamento de informações - um cenário chamado de sincronia do fugitivo."
Para encontrar uma resposta para esse paradoxo, Tolias e seus colegas, incluindo Alexander S. Ecker, primeiro autor do papel que é um estudante de pós-graduação no laboratório de Tolias 'no BCM e do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica de Tubingen, Alemanha desenvolveu uma nova tecnologia que permitiu a medição mais precisa do potencial de ação. Eles descobriram que os grupos de neurônios acreditava estar reagindo de forma relacionada realmente tinha um relacionamento fraco. Eles estavam reagindo por conta própria, não dependem umas das outras.
"Nós medimos correlações em vigília, comportando- se os primatas, o que nos permite ter o controle das condições experimentais. Isto nos deu a chance de eliminar a possibilidade de um número de artefatos que afetam nossas medidas", disse Ecker. "Para a gravação, nós usamos cronicamente implantados arrays multi-tetrode - uma técnica que nos ofereceu a oportunidade de acompanhar muitos neurônios na qualidade de gravação extremamente altas."
Segundo a chefe do Departamento de Neurociências, Dr. Michael Friedlander, "Os autores conseguiram este resultado usando uma combinação inteligente de tecnologia de gravação e paradigma experimental que baseia a sua abordagem interdisciplinar para estudar profundamente neurocientífica incluindo experimental, engenharia de computação, matemática e habilidades comportamentais para a investigação. "
O teste envolveu uma variedade de estímulos visuais que vão desde bares e ralar para imagens naturais. Os grupos de neurônios testados foram fisicamente próximos uns dos outros, com sobreposição de áreas altamente receptivo e todos os que recebem a entrada comum forte.
Uma razão Tolias acredita que os neurônios se comportam sem correlação é permitir que as informações sejam enviadas através do cérebro, da maneira mais eficiente possível.
"Esse mecanismo que permite que o Decorrelation poderia ser um pré-requisito fundamental para evitar a acumulação de correlações pequenas e dominando a atividade da rede ao longo da hierarquia visual", disse Ecker.
O "estado decorrelated" pode também ter outros benefícios, Tolias acrescentou. "Processamento de informação no cérebro é muito mais fácil se a atividade de células nervosas é não correlacionadas. Se um nível da hierarquia quer saber o que a área anterior está fazendo, ele pode simplesmente esquecer correlações neste caso. Contrário, ele tem que realizar mais computações complexas para chegar ao mesmo resultado. "
Tolias disse que estes resultados abrem as portas para novas questões importantes sobre os cérebros de pessoas com doenças como o autismo ou a epilepsia. Perguntas como: "As correlações neurônio maior ou menor entre esses grupos de pessoas e são estes padrões no cérebro que está sendo interrompido? "
Outro que participaram no estudo incluem Philipp Berens, Max Planck Institute for Biological Cybernetics (MPI) em Tübingen, na Alemanha, Center for Integrative Neuroscience e do Instituto de Física Teórica da Universidade de Tübingen, na Alemanha e departamento da neurociência no BCM; Georgios A. Keliris, MPI; Matthias Bethge, MPI, Center for Integrative Neuroscience e do Instituto de Física Teórica da Universidade de Tübingen, Alemanha; Nikos K. Loogothetis, MPI e divisão for Imaging Science and Biomedical Engineering, University of Manhester, Reino Unido. Ecker é igualmente afiliado com o Centro de Neurociências e Integrativa do Instituto de Física Teórica da Universidade de Tübingen, na Alemanha. Tolias também é um professor adjunto assistente no Departamento de Matemática Aplicada e Computacional da Universidade Rice.
O financiamento para este estudo veio do National Eye Institute do National Institutes of Health, o Max Planck Society, dos Estados Unidos Departamento de Defesa, um Prémio de Mérito do Departamento de Assuntos de Veteranos, o Arnold e Mabel Beckman Foundation Young Investigator Award para Tolias e pelo Ministério Federal Alemão da Educação e Investigação (BMBF) por meio do Prêmio de Bernstein para Bethge.